domingo, 30 de setembro de 2012

Pacificai, Oh Maria, Mãe Amada!

A Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec desde 1857, nos proporciona a abertura e o esclarecimento dos ensinamentos trazidos por Jesus e seus mensageiros, trazendo assim um mundo novo, até então desconhecido para nós.

Quis a Sabedoria Universal, que a população terrena fosse conhecedora, através dos escritos psicográficos, das Verdades espirituais. Que nada ficasse oculto e que diante de nossos olhos, diversas passagens, momentos históricos pouco conhecidos e muitos até deturpados pela falta de conhecimento verdadeiro dos fatos, fossem descortinados, esclarecidos e desvendados, com as bênçãos do Mestre Jesus.

Não fosse este intenso esforço da Espiritualidade Maior e nós jamais saberíamos de tantos detalhes que ficaram guardados e esquecidos no tempo e no espaço.

Por isto, trago a vocês, desta vez, algumas passagens pouco conhecidas da vida de nossa Mãe Maior, Maria, em seus últimos momentos aqui na Terra.


O que aconteceu com ela depois da morte de Jesus? Para onde foi? O que fez de sua vida depois? Como foi seu desencarne? Quem veio ao seu encontro e o que ela quis fazer assim que se viu em plano espiritual?

São algumas das perguntas que somente a Doutrina dos Espíritos pode responder. Através da psicografia de Chico Xavier, o espírito Humberto de Campos nos conta parte desta história no seu livro Boa Nova e também através da psicografia de João Nunes Maia, o espírito Miramez conta outra parte em seu livro Maria de Nazaré.

Convido a todos há voltarem um pouco no tempo e conhecerem mais sobre esta sublime e doce Mãe de Jesus de Nazaré. Espírito de intensa e inigualável luz, que ainda nos tempos de hoje, se encontra tão presente entre nós.


A DESENCARNAÇÃO DE MARIA

Humberto de Campos em seu livro Boa Nova, dedica o derradeiro capítulo a Maria, descrevendo as suas impressões íntimas diante do Filho crucificado... a sua curta estadia em Batanéia.... a mudança, com João Evangelhista, para Éfeso, onde "estabeleceriam um pouco o refúgio aos desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa vontade e, como mãe e filho, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal."

Éfeso

“Maria e João chegaram a Éfeso e se alojaram em um sítio que lhes fora concedido por amigos na fé.

Éfeso já conhecia o drama do Calvário e a notícia da chegada de Maria e João espalhou-se...
Maria, ali nos arredores de Éfeso, atendia a filas de peregrinos que vinham em busca de consolo e de paz, de saúde e de orientação. Atendia a todos com o mesmo carinho e o mesmo amor de sempre.



João saía por vários lugares para pregar a Boa Nova e fazer conhecida a mensagem redentora, mas sempre voltava ao sítio para ver e dar assistência que podia aquela Flor-mulher, que perfumara a Palestina com sua vida.


Certo dia, em uma manhã que lembrava Nazaré, Maria recordava toda a sua vida. Sentia o seu coração iluminar-se de esperança. Ela fez a sua primeira oração, recordando todo o seu passado.


Depois de atender a centenas de pessoas, naquele dia venturoso, viu aproximar-se um homem esbelto, barbas e cabelos longos, ostentando encantador sorriso, que irradiava energia e que parou a sua frente. Ela recordou-se de Jesus e disse com meiguice:

- Posso te chamar de filho?

Ele olhou para ela expressando grandeza d’alma e respondeu:

- Eu quero te chamar de mãe.

Abraçaram-se os dois na extensão de todo o amor que duas almas podem sentir no mundo, dentro da pureza da mais alta elevação espiritual. Seus olhos se umedeceram e Maria, enternecida, chorou intensamente.


Aquele mancebo era Apolônio de Tiana que, vindo de Alexandria, passara por Éfeso, por saber que a mãe de Jesus estava naquelas paragens. 

No momento em que abraçou Maria, sentiu que algo diferente se espalhara em seu ser: uma energia nunca sentida, por ele, uma bênção divina de um coração que amava mais do que se pudesse esperar. 
Apolônio assentou-se ao lado de Maria, oferecendo sustentação ao seu trabalho com os sofredores; e ela continuou a sua conversação com os peregrinos, enxugando lágrimas e confortando corações desesperados, curando enfermidades e distribuindo esperança para todas as criaturas.


Por último, vinha um velhinho com muita dificuldade de andar e ela, à espera, com piedade, teve vontade de ir ao encontro do ancião. No entanto, as pernas não a ajudaram. Notou que o seu corpo não mais atendia ao espírito. 

A lembrança de seu filho amado não tinha se apagado da sua mente; o velhinho aproximava-se lentamente. Maria sentiu um perfume diferente, uma fragrância que lhe comoveu a alma, que somente a presença de seu filho a fazia sentir. Lembrou-se muito mais do que poderia a sua memória e parecia que a imagem de Jesus saia da cabeça do ancião, de modo que ela poderia tocar-lhe e sentir a sua magnânima presença! 

Maria pegou nas mãos do ancião e sentiu vontade de beijá-las, o que fez com ternura. No mesmo instante notou os sinais dos cravos. Olhou para os pés e viu a mesma coisa. 

Ergueu a vista e certificou-se que realmente era Jesus, o seu filho do coração!


Quis gritar com todas as forças, mas não conseguiu. Ele modificou-se e transformou-se em luz, abriu os braços com toda a ternura de filho e, com todo amor de um pai, falou na limpidez do seu verbo de luz:

- Vem, mãe! Meu Pai quer que sejas a rainha dos anjos no meu reino! 

O perfume recendeu em todas as direções. Uma falange de espíritos-luz cantava a alegria dos céus. Luzes e cores inundaram o ambiente. O Cristo, pairando no alto, como que uma carruagem de luz, olhou para Apolônio de Tiana com um sorriso de agradecimento. Este se postava ajoelhado no chão, beijando as luzes que se intercruzavam no ambiente.

(Parte do livro Maria de Nazaré do espírito Miramez)


SEU PRIMEIRO TRABALHO NO MUNDO MAIOR

A desencarnação de Maria, assistida por Jesus, é também descrita pormenorizadamente por Humberto de Campos, no final do último capítulo do livro Boa Nova, psicografia Francisco Cândido Xavier.

Segundo ele, ao libertar-se do vaso físico, Ela desejou, primeiramente, rever a Galiléia com seus sítios preferidos... Bastou a manifestação de sua vontade para que a conduzissem à região do lago de Genesaré...

(Mar da Galiléia ou Lago de Genesaré)

A caravana espiritual se dispunha a partir, quando Maria se lembrou dos discípulos perseguidos pela crueldade do mundo e desejou abraçar os que ficariam no vale das sombras...

E logo em seguida visitou os cárceres sombrios de Roma, repletos de discípulos do Mestre que aguardavam a morte certa, Maria se aproximou de um a um, participou de suas angústias e orou com as suas preces, cheias de sofrimento e confiança...

(Coliseu)

Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento, lhe disse ao ouvido:

" - Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!.... Convertemos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu!..."

(Primeiros cristãos)

A triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração...

Daí a instantes, seu canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no cárcere, aguardando o glorioso testemunho.

(...) Logo, a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as mulheres e, desde esse dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm cantado na Terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave herança de nossa mãe Santíssima."


"Mãe Santíssima, Imaculada, de Amor Imensurável e Eterno!

Bendita sejas Mãe Amada!

Que a Tua luminosidade penetre em nossos corações!

Iluminai Senhora, iluminai este Planeta, tão carente de amor e luz!

Acalmai os ânimos e onde houver desentendimentos e discórdias, Senhora, pacifica e dilua as animosidades!

Mostrai Mãe, às almas desta abençoada esfera, que somente o amor constrói e somente a paz sustenta e vivifica!

Que nestes momentos de intensos embates entre o Bem e o Mal, possamos ser, cada um de nós, um foco de amor e luz!

E que juntos a Ti, Mãe misericordiosa e à Espiritualidade Maior, possamos somar e distribuir energias pacificadoras por toda Terra.

Possamos todos juntos espargir luzes de todos os matizes, como um imenso arco-íris de amor, fraternidade e solidariedade entre todos os povos!

Lembrando que somos todos irmãos e filhos de um único Pai e Criador!

Unamo-nos a Ti, Senhora, e que a Tua piedade maternal, acolha cada alma sofredora, vítima da insensatez dos homens!

Tende piedade de Teus filhos, ainda tão carentes de colo maternal e amparo filial.

Ajudai-nos a perceber a Tua presença entre nós e assim Senhora, levarmos aonde formos o Teu amor e a Tua luz, àqueles que necessitarem.

Fazei-nos, instrumentos deste amor,

Hoje, agora e por todo sempre!"


Pacificai, Oh Maria, Mãe Amada!
Pelo espírito Antônio Augusto
Psicografia Margarete Lemos






Ave Maria dos seus andores
(Vilma Dantas - Composição Vicente de Paiva e Jaime Redondo)

"Ave Maria
Nos seus andores
Rogai por nós
Os pecadores

Abençoai! Nestas terras morenas
Seus rios, seus campos e as noites serenas
Abençoai! As cascatas
E as borboletas que enfeitam as matas

Ave Maria
Cremos em vós
Virgem Maria rogai por nós

Ouvi as preces, murmúrios e luz
Que aos céus acendem e o vento conduz
conduz a vós
Virgem Maria
Rogai por nós.

Ave Maria
Cremos em vós
Virgem Maria rogai por nós

Ouvi as preces, murmúrios e luz
Que aos céus acendem e o vento conduz
conduz a vós
Virgem Maria
Rogai por nós"


É isto amigos, obrigada por terem compartilhado comigo desta postagem, espero que tenham gostado!!

Até a próxima!!

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